Resposta: C, crise asmática.
-
Estruturação para raciocínio diagnóstico:
ID: Paciente B.M.X, 35 anos, do sexo feminino.
QP: “falta de ar”
HDA: Paciente apresentou um quadro súbito de falta de ar, que se instalou durante a madrugada sem nenhum desencadeador conhecido.
IS: Nega outras comorbidades
HP: Paciente apresenta Asma crônica diagnosticada e faz uso de Furoato de Mometasona (Oximax 400 mcg).
EXAME FÍSICO: BEG, afebril, anictérica, acianótica. BCRNF em 2T, MV presentes com sibilos generalizados, ruídos hidroaéreos presentes.
-
Resolução do caso:
Prioridades iniciais (estabilizar o paciente): a prioridade mais importante para o tratamento dessa paciente é a abordagem dos ABCs (via aérea [airway], respiração [breathing], circulação [circulation]). Com base nessa apresentação, indica-se a proteção imediata da via aérea da paciente com intubação endotraqueal por sequência rápida de drogas. Ao mesmo tempo, a paciente deve ser colocada sob monitoração cardíaca com medição automática da pressão arterial, um acesso intravenoso (IV) deve ser estabelecido e a oximetria de pulso deve ser aferida continuamente.
Opções de tratamento padrão (tratamento da asma): as opções terapêuticas básicas incluem a administração de agonistas adrenérgicos (p. ex., albuterol, terbutalina), agentes anticolinérgicos e corticosteroides. O sulfato de magnésio é fornecido com frequência aos pacientes com exacerbações asmáticas fortes.
EPIDEMIOLOGIA:
Prevalência de sintomas de asma entre adolescentes no Brasil, de acordo com estudos internacionais, foi de 20%, uma das mais elevadas do mundo. Um estudo da Organização Mundial da Saúde entre adultos de 18 a 45 anos indicou que 23% dos brasileiros tiveram sintomas de asma no último ano. No entanto, apenas 12% da amostra tinham diagnóstico prévio de asma. Em 2012, um estudo com 109.104 adolescentes confirmou taxas de prevalência de sintomas de asma de 23% e de diagnóstico prévio de asma de 12%.
Em 2013, ocorreram 129.728 internações e 2.047 mortes por asma no Brasil. As hospitalizações e a mortalidade estão diminuindo na maioria das regiões, em paralelo a um maior acesso aos tratamentos. O custo da asma não controlada é muito elevado para o sistema de saúde e para as famílias.
Em casos de asma grave, estima-se que essa comprometa mais de um quarto da renda familiar entre usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) mas esse custo pode ser significativamente reduzido com o controle adequado da doença. Entretanto, um inquérito nacional encontrou apenas 12,3% dos asmáticos com asma bem controlada. Várias intervenções municipais têm se mostrado eficazes no controle dos sintomas da asma, reduzindo o número de exacerbações e hospitalizações.
Todavia, os problemas do subdiagnóstico e da falta de capacidade dos profissionais da atenção básica requerem intervenção. Uma experiência nacional de treinamento de equipes de saúde da família por meio de cuidados colaborativos em doenças respiratórias crônicas e com apoio de especialistas tem sido bem sucedida e pode ser expandida.
DIAGNÓSTICO:
A exacerbação asmática típica é caracterizada por tosse, rigidez torácica, dispneia e sibilos em um paciente com história comprovada de asma. O diagnóstico formal é estabelecido por espirometria e 75% dos indivíduos asmáticos são diagnosticados antes dos 7 anos de idade. Embora os sibilos caracterizem a obstrução de via aérea e frequentemente sejam considerados o principal achado da asma, são inespecíficos para asma e podem estar ausentes durante as exacerbações asmáticas fortes.
A história e o exame físico devem enfocar a exclusão de outras hipóteses diagnósticas e, ao mesmo tempo, avaliar a gravidade da exacerbação asmática em curso. Os principais aspectos a serem procurados são a natureza e o curso temporal dos sintomas, deflagradores, uso de medicação antes da chegada ao SE e quaisquer aspectos históricos de alto risco.
Avaliação de um paciente asmático começa pela observação do aspecto geral do paciente. Indivíduos extremamente ansiosos ou letárgicos, incapazes de dizer frases completas em decorrência do sofrimento respiratório, ou que estejam usando músculos acessórios para inspiração (posição em tripé/incapacidade de permanecer em decúbito dorsal) apresentam risco significativo de descompensação rápida.
Outros aspectos adicionais preocupantes são os sinais de cianose central, hipóxia (oximetria de pulso < 90%), taquipneia significativa (> 30 movimentos por minuto [mpm]), taquicardia, diaforese, sibilos difusos ou ausentes e entrada precária de ar ao exame pulmonar. Embora sejam úteis, os achados do exame físico são insensíveis como indicadores de uma exacerbação clinicamente grave.
Como os asmáticos são propensos a sofrerem deterioração rapidamente, a medida objetiva da gravidade da condição deve ser realizada sempre que possível. Os testes à beira do leito que medem o pico de fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) são um meio simples e econômico de determinar a gravidade da obstrução da via aérea, que são empregados com frequência no monitoramento da resposta ao tratamento no SE.
A asma grave é definida por um VEF 1 < 50% do valor previsto (em geral, < 200 L/min, em um indivíduo adulto) ou da melhor medida obtida pelo próprio indivíduo. As investigações laboratoriais de rotina (p. ex., hemograma completo, painel metabólico básico), análise da gasometria do sangue arterial, radiografia torácica e monitoramento cardíaco são todos dispensáveis em casos de pacientes asmáticos sem complicação.
As prioridades imediatas do tratamento de todos os pacientes asmáticos incluem uma avaliação inicial da via aérea, respiração e condição circulatória do paciente. Os pacientes em condições extremas requerem colocação de linhas IV periféricas, terapia de suplementação de oxigênio contínua e monitoramento cardíaco. Enquanto essas intervenções são conduzidas, o médico deve estabelecer a história, realizar um exame físico e instituir a terapia adequada.


TRATAMENTO:
-
Oxigênio, ar comprimido e Heliox:
O oxigênio deve ser fornecido para manter leituras de oximetria de pulso de pelo menos 90% em pacientes adultos e de no mínimo 95% em bebês, gestantes e pacientes com cardiopatia coexistente. O oxigênio é utilizado com frequência como veículo de distribuição de medicações nebulizadas, embora o ar comprimido e as misturas de hélio-oxigênio (heliox) também possam ser usadas. As misturas heliox produzem um fluxo de ar mais laminar e distribuem as partículas nebulizadas à via aérea mais distal. Porém, ainda não foi demonstrado que essas misturas conduzem consistentemente a melhores resultados em todos os pacientes asmáticos. Uma revisão sistemática concluiu que o heliox pode ser benéfico apenas para pacientes com asma grave refratária ao tratamento inicial.
-
Agentes adrenérgicos:
O albuterol inalatório, via nebulização ou inalador com doses medidas (IDM) acoplado a espaçador, constitui a base do tratamento da asma aguda. Na maioria dos casos, 2,5 a 5 mg de albuterol são nebulizados de maneira intermitente a cada 15 a 20 minutos na primeira hora e, então, a dosagem é repetida a intervalos de 30 minutos por mais 1 a 2 horas. A nebulização contínua de doses mais altas (10 a 20 mg/h) de albuterol beneficia os indivíduos com asma grave. Os B2-agonistas ligam-se aos receptores pulmonares e ativam a adenilato-ciclase, com consequente aumento da concentração intracelular de monofosfato de adenosina cíclico (AMPc). Isso resulta na queda dos níveis de cálcio mioplasmáticos e subsequente relaxamento da musculatura lisa bronquial. Além disso, acredita-se que os B2-agonistas possuem algumas propriedades anti-inflamatórias e, assim, inibem a liberação dos mediadores inflamatórios.
Os efeitos colaterais destes agentes geralmente são leves e incluem taquicardia, nervosismo e tremedeira ou agitação. Como alternativa, o albuterol pode ser administrado com IDM acoplado a um espaçador. No SE, os pacientes podem receber 4 a 8 puffs a cada 15 a 20 minutos na primeira hora de terapia e, subsequentemente, a intervalos de 30 minutos por mais 1 a 2 horas. A terapia com IDM acoplado a espaçador é equivalente à terapia com nebulizador destinada a indivíduos adultos, podendo ser mais eficaz do que esta última no tratamento de crianças, dada a menor perda de medicação para o meio ambiente.
A implementação da terapia com IDM acoplado a espaçador para asmáticos atendidos no SE também está associada a um menor custo de assistência médica. Embora a terapia inalatória seja ideal, às vezes os pacientes com obstrução grave ou que sejam intolerantes à terapia inalatória (p. ex., crianças) recebem adrenalina ou terbutalina por via subcutânea (SC). A adrenalina é administrada a uma dose de 0,3 a 0,5 mg, SC, a cada 20 minutos, até uma dose total combinada máxima de 1 mg. A terbutalina é administrada a uma dose de 0,25 mg, SC, a cada 20 minutos, a um máximo de 3 doses.
Em geral, a terbutalina é preferível por sua seletividade B2 e por produzir menos efeitos colaterais cardíacos. O levalbuterol, que é o isômero R do albuterol racêmico, foi desenvolvido porque estudos in vitro sugeriram que o isômero S pode produzir efeitos deletérios sobre a musculatura lisa da via aérea. Entretanto, estudos randomizados não demonstraram nenhuma vantagem clínica significativa associada ao uso de levalbuterol, em comparação ao uso de albuterol racêmico, no tratamento da asma aguda no SE. Nos Estados Unidos, as diretrizes nacionais para o tratamento da asma atualmente consideram o levalbuterol tão seguro e efetivo quanto o albuterol racêmico, e apoiam seu uso no tratamento das exacerbações de asma aguda.
-
Agentes anticolinérgicos:
Quando adicionados ao albuterol, os agentes anticolinérgicos promovem uma melhora modesta da função pulmonar e diminuem o índice de internações de pacientes com exacerbações asmáticas moderadas a intensas. Os anticolinérgicos diminuem a concentração intracelular de monofosfato de guanosina cíclico (GMPc), com consequente diminuição da broncoconstrição de mediação vagai junto à via aérea de médio e grande calibre.
Em adição, os agentes anticolinérgicos podem ter algumas propriedades anti-inflamatórias sutis que ajudam a estabilizar a permeabilidade capilar e a inibir a secreção de muco. A dose típica de brometo de ipratrópio consiste em 2 puffs de um IDM acoplado a um espaçador ou 0,5 mL de uma solução a 0,02%.
Os anticolinérgicos podem ser combinados aos J3 -agonistas em nebulizadores e fornecidos aos pacientes irresponsivos à terapia inicial com J3-agonista, bem como àqueles com obstrução grave de via aérea. Como há pouca absorção sistêmica, o uso de anticolinérgicos inalatórios está associado a poucos efeitos colaterais.
-
Corticosteroides:
Os corticosteroides são usados no tratamento da asma crônica desde 1950, e no tratamento das exacerbações agudas desde 1956. Apesar da tremenda pesquisa sobre o valor dos corticosteroides na asma, muitos aspectos fundamentais ainda precisam ser esclarecidos, como as condições ideais de dosagem, via e momento certo para a administração dos esteroides. Em geral, há um consenso de que o curso de corticosteroides deve ser instituído ainda no início do tratamento, nos seguintes casos:
-
Asma aguda em pacientes que sofrem ataque asmático moderado/forte;
-
Piora da asma ao longo de vários dias (> 3 dias);
-
Asma leve irresponsiva à terapia inicial com broncodilatador, ou asma que se desenvolve mesmo com o uso diário de corticosteroide inalatório.
Alguns autores acreditam que o uso mais liberal dos corticosteroides é justificado e defendem o uso de esteroides por qualquer paciente cujos sintomas não sejam resolvidos com um único tratamento à base de albuterol. Até mesmo os especialistas em asma mais liberais preferem que os esteroides sejam administrados em pacientes com asma grave que estejam adoecidos o bastante para justificar uma avaliação no SE.
Os esteroides atuam na fase tardia da asma e modulam a resposta inflamatória. Foi demonstrado que os esteroides melhoram a função pulmonar, diminuem o índice de internação hospitalar e diminuem o índice de recidivas entre os pacientes os recebem logo no início do curso do tratamento no SE. A administração oral de prednisona (dose de 40 a 60 mg) costuma ser preferida à administração de metilprednisolona (dose de 125 mg) por via IV, por ser menos invasiva e produzir efeitos equivalentes.
Os esteroides IV, contudo, devem ser administrados em pacientes com sofrimento respiratório intenso que estejam dispneicos demais para deglutir, em pacientes que estejam vomitando, ou em pacientes agitados ou sonolentos. Para os pacientes que estão prestes a receber alta, pode ser administrada uma única dose intramuscular (IM) de metilprednisolona (dose de 160 mg) nos casos em que houver história de não complacência com a medicação.
Um curso de 2 dias de dexametasona oral (dose de 16 mg) também representa uma opção, pois é comprovadamente equivalente a um curso de prednisona com duração de 5 dias. Outros esteroides alternativos são a hidrocortisona (150 a 200 mg, IV), dexametasona (6 a 1 O mg, IV) ou a dexametasona oral (0,6 mg/kg; dose máxima de 16 mg) para pacientes pediátricos.
-
Antagonistas de leucotrieno:
O desenvolvimento dos antagonistas de leucotrieno representa um avanço importante no tratamento da asma crônica. Estudos que empregaram zileuton, zafirlucaste e montelucaste demonstraram que o uso diário desses fármacos no decorrer de vários meses pode melhorar a função pulmonar e diminuir a sintomatologia da asma. Entretanto, o papel dos antagonistas de leucotrieno no tratamento das exacerbações de asma aguda permanece indefinido.
Um estudo randomizado sobre o uso IV de montelucaste mostrou que o fármaco melhorou significativamente o VEF1 ao ser adicionado à terapia padrão da asma. Entretanto, essa melhora da função pulmonar não foi traduzida em índices de internação menores. No momento, as diretrizes do tratamento da asma recomendam o uso dos antagonistas de leucotrieno somente no tratamento da asma crônica.
-
Magnésio:
Apesar da ausência de benefícios comprovados para os asmáticos com doença leve a moderada, o sulfato de magnésio, quando administrado por via IV a doses de 2 a 4 g, beneficia os asmáticos com obstrução grave da via aérea.
Acredita-se que o magnésio compete com o cálcio pela entrada no músculo liso, inibe a liberação de cálcio a partir do retículo sarcoplasmático, previne a liberação de acetilcolina a partir das terminações nervosas e inibe a liberação de histamina pelos mastócitos.
Além disso, existem algumas evidências de que o magnésio pode inibir diretamente a contração da musculatura lisa, embora isso ainda seja controverso. O início da ação do magnésio é rápido e seus efeitos podem ser observados decorridos 2 a 5 minutos da iniciação da terapia.
Os efeitos têm curta duração e diminuem rapidamente quando a infusão é terminada. A dose de magnésio para adultos é de 2 a 4 g, IV; para crianças, a dose é de 30 a 70 mg/kg, IV, ao longo de 10 a 15 minutos. O magnésio produz efeitos colaterais mínimos e os mais relatados são a hipotensão, rubor cutâneo e mal-estar. Seu uso é contraindicado em casos de insuficiência renal e hipermagnesemia, pois pode causar um significativo enfraquecimento muscular.
-
Outros agentes - metilxantinas, antibióticos:
O benefício marginal, efeitos colaterais significativos e dificuldade para alcançar a dose terapêutica da teofilina contam pontos desfavoráveis ao seu uso rotineiro em casos de asma aguda. Uma revisão sistemática concluiu que a adição de aminofilina ao tratamento com f3 -agonistas e glicocorticoides melhora a função pulmonar, porém não diminui significativamente os sintomas nem a duração da internação. Por esse motivo, as metilxantinas não são recomendadas para uso no tratamento das exacerbações de asma aguda. Também não foi demonstrado que a administração rotineira de antibióticos diminui a sintomatologia de pacientes asmáticos na ausência de infecção bacteriana do trato respiratório inferior ou sinusite concomitante.
-
Ventilação com pressão positiva:
A ventilação com pressão positiva (VPP), seja por métodos invasivos ou por métodos não invasivos, é indicada para pacientes com insuficiência respiratória ou falha iminente que sejam irresponsivos à terapia. Vários estudos sugeriram que a pressão positiva na via aérea em nível duplo (BiPAP, do inglês bi-level positive airway pressure) pode ser benéfica nas exacerbações de asma grave. Por exemplo, um estudo randomizado designou vários indivíduos asmáticos (definidos por VEF1 < 60% e frequência respiratória [FR] > 30) para serem submetidos à BiPAP e constatou a ocorrência de melhoras significativas da função pulmonar, bem como a redução dos índices de internação.
Os pacientes com asma grave na iminência de insuficiência respiratória devem passar por um rastreamento com BiPAP antes de serem intubados. O aparelho de BiPAP deve ser ajustado com uma pressão inspiratória de 8 a 15 cm H20 e uma pressão expiratória de 3 a 5 cmH20. Os pacientes que não melhoram em 30 a 60 minutos precisarão ser intubados. Em adição, contrariando os ensinamentos anteriores, um rastreamento rápido (30 minutos) com BiPAP é considerado aceitável para os casos de alteração da consciência de grau leve a moderado atribuída à hipercapnia.
A intubação endotraqueal por sequência rápida de fármacos deve ser reservada para os pacientes inconscientes ou quase comatosos com insuficiência respiratória. Para o paciente consciente, deve ser administrado um agente indutor apropriado (p. ex., quetamina) e um agente paralisante (p. ex., succinilcolina) antes da intubação. A quetamina é o agente indutor de escolha, pois estimula a liberação das catecolaminas e promove relaxamento da musculatura lisa bronquial, levando à broncodilatação. Vários relatos de caso demonstraram que a infusão de quetarnina pode ser útil quando os pacientes com asma grave falham em responder aos tratamentos convencionais.
A quetamina é administrada como bolus intravenoso de 1 mg/kg, seguido da infusão continua de 0,5 a 2 mg/kg/h. Concluída a intubação do paciente asmático, o ventilador deve ser ajustado de modo a promover a meta de hipercapnia permissiva - cujo objetivo é minimizar a hiperinflação dinâmica (i. e., acúmulo de respiração ou autoPEEP [pressão positiva expiratória final]) com baixos volumes correntes - e um tempo maior para expiração, ao mesmo tempo em que as pressões de platô são limitadas.
É essencial reconhecer que os pacientes asmáticos sob ventilação mecânica apresentam alto risco de hiperinflação e autoPEEP que podem resultar em complicações prejudiciais à vida, como um pneumotórax hipertensivo ou uma parada cardíaca. Os parâmetros iniciais sugeridos são o modo assisto-controlado, a uma frequência respiratória de 8 a 10 mpm, volume corrente de 6 a 8 mL/kg, ausência de PEEP extrínseco, razão inspiratória/ expiratória (I/E) igual a 1:4 e uma velocidade de fluxo inspiratório de 80 a 100 L/min. Para prevenir o barotrauma, as pressões de platô não devem exceder 30 cmH20. Após a iniciação da VPP, é possível usa a análise de gasometria sanguínea para modificar os parâmetros do ventilador ou da BiPAP.
REFERÊNCIAS:
-
Pizzichini1 MMM, Carvalho-Pinto2 RM, Cançado3 JED, Rubin AS, 4, 5, et al. Recomendações para o manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia - 2020. J Bras Pneumol. 2020;46(1):e20190307
-
Asma: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Ministério da Saúde. 2020. Disponível em: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/asma.
-
Zaidan MF, Ameredes BT, Calhoun WJ. Management of Acute Asthma in Adults in 2020. JAMA. 2020;323(6):563–564. doi:10.1001/jama.2019.19987